segunda-feira, 26 de outubro de 2009

morrendo pela boca


A pujante Genebra à noite. É por isso que não se recusa convite para jantar por aqui

Minha lista de pautas propostas parece o meu cardápio deste fim de semana: feijoada e fondue. E vinho e caipirinha, naturalmente. Ou seja, a ideia parece ótima e você nem morre por isso, mas o interim de digerir a coisa te faz pagar seus pecados.

E por que no meio ainda não ver o filme (ótimo e indigesto) do Haneke? Porque afinal na véspera eu vi uma animação da Pixar, e para que terminar o fim de semana com a sensação de que o mundo é bom se você sempre pode lembrar que o mal pode estar em todos os lugares?

Eu sei que eu invento coisas demais para fazer do que é humanamente capaz. E depois eu faço todas elas e me acabo. Ou não faço todas e me frustro.

Agora, é claro, eu tenho uma lista interminável de coisas em que trabalhar. E sexta-feira finalmente embarco para uma pauta na qual insisto há dois meses. E estou ansiosa, porque falta mais planejamento. E agenda. Fiquei estudando e não apurando.

Para quem ainda acha que vida de correspondente é glamour, não sabe das horas que passamos nos desenroscando de burocracias, bancando agentes de viagem e resolvendo problemas da vida prática que crescem exponecialmente quando você está em um lugar por um tempo longo o bastante para não chamar de viagem e curto o suficiente para não chamar de mudança.

Pensando bem, não são as pautas que parecem feijoada com fondue. É a minha vida.

É tudo uma delícia, mas exaure.

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